sexta-feira, 22 de março de 2013

CÁRCERE NA SANTA CASA DE "MISERICÓRDIA" DE MARINGÁ

Situação absurda vivida por mim na manhã de hoje.
Emily, minha netinha - a mais nova da família - nasceu na Santa Casa de "Misericórdia" de Maringá na quarta-feira, dia 20.
Claro que eu estava lá como o mais coruja dos avôs, babando como nunca a contemplar tão rara beleza.
Porém, hoje eu voltei lá e fui barrado na portaria. Não me deixaram entrar, e não quiseram chamar minha esposa que estava lá como acompanhante.
De modo que criou-se um grande impasse: ela estava lá sem saber que eu          
desejava lhe falar; e os atendentes, imagino que confiando no segurança particular que ficava de prontidão na porta, além de não me permitir a entrada, disseram que não podiam chamá-la para que viesse até eu.
Tudo bem: eles não podem mesmo deixar entrar qualquer um que lá apareça, porque o hospital poderá se converter numa bagunça - uma casa da mãe-joana, como dizem alguns. Mas eles não têm o direito de impedir a comunicação entre as pessoas; e lá, em seu território, a responsabilidade é deles. E o que estão fazendo com a população que procuram o hospital - principalmente aquelas que têm parentes internados pelo SUS e estão nas enfermarias - é um CRIME hediondo, porque estar num hospital, seja em que situação for, já é um trauma. Mas ser tratado por atendentes que agem como se fossem "policiais" (cães daquela raça mesmo) é o cúmulo da ilegalidade.
E não sei como o Ministério Público tem estado cego ao que lá acontece, que atinge negativamente a população. O que fazem lá é exatamente a manutenção de pessoas encarceradas, tanto quem está fora quanto quem está dentro.

Isso precisa de um basta urgente, antes que alguém perca a cabeça e arrombe o hospital. Aí sim as autoridades agirão para deter o inconformado com o desrespeito em beneficio da instituição onde a Caridade mesma está apenas no nome.

domingo, 13 de janeiro de 2013

POBRES GANANCIOSOS DAS PRAIAS

 
Eu penso que a vida não deve ser fácil para quem vive no litoral brasileiro, especialmente em cidadezinhas pequenas onde gente de montão só é vista nos meses de fim/inicio de ano.
E o grande problema é que nessas cidades, como Itapoá-SC, por exemplo, existem comerciantes. E o problema maior ainda é que esses comerciantes, além de gananciosos são míopes do tipo que se recusam a ver o óbvio.
Eu explico: todos eles cometem o suicídio comercial de aumentar escandalosamente os preços dos seus produtos justamente num momento em que teriam um grande aumento nas vendas. Observou que eu escrevi “teriam”? Pois é, teriam grande aumento nas vendas, se mantivessem preços razoáveis, como é básico e salutar a qualquer negócio. E eu não estou mentindo, e tenho testemunha daquilo que afirmo, já que, indignado com o que constatei, perguntei a uma funcionária desavisada do caixa dum supermercado se eles aumentavam os preços na temporada, recebendo de volta um largo sorriso com a informação de que aumentam como se isso fosse grande vantagem.   
E a miopia chega ao ponto de eles não verem os carros que chegam à cidade abarrotados de mercadorias, desde biquínis e sungas, até gêneros alimentícios vistos até tomando lugares dos passageiros nos veículos. Eu mesmo quando estou na cidade e preciso comprar gêneros alimentícios, fazendo as contas acabo viajando à capital, por ver que a economia será certa, mesmo considerando os gastos com combustível.
Se os empresários do litoral quisessem se dar o trabalho de pesquisa sobre isso que afirmo, bastaria ficarem nas entradas da cidade para descobrir o erro que cometem. Mas ao invés disso preferem aumentar em até mais de 50% os preços – com os olhos grandes nos bolsos dos turistas – sem perceberem que os turistas deixam pra comprar no comercio local somente aquilo que não podem trazer das cidades de origem, como carnes e verduras, por exemplo –, ignorando a prática tão consagrada da preferência do pequeno ganho de muitos ao grande ganho de pouquíssimos, prática que devem deixar suas prateleiras repletas de sobras da temporada, pior ainda porque não terão como “desová-las” junto aos pouquíssimos moradores fixos.
Consequências: prejuízo à cidade, porque poderiam dar mais empregos, aumentarem o giro, deixarem os turistas mais satisfeitos... Mas, ao contrário e lamentavelmente, os comerciantes das praias preferem fazer o que eu constatei ainda hoje num dos maiores supermercados de Itapoá: longa fila de fregueses para comprar tão somente pão (este não dá para trazer de casa), apenas olhando os cartazes das “promoções”: filé mignon a R$ 48,00/quilo, leite longa vida a R$ 2,49/litro... E por aí vai.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

QUE SUSTO!



Querido diário (brincadeira! Mas é como se eu fosse iniciar uma clássica anotação num diário).

Ontem, como todos os dias sem exceção, levantei-me bem cedo e, vassoura em punho, pensando em como pai é mesmo diferente de mãe, me preparava para a clássica varredura na varanda, no quintal e até na calçada, porque, afinal, era dia dos pais e os filhos todos viriam para o almoço.

Mas nem cheguei desfilar o rosário de praguejações de todos os dias contra a sibipiruna plantada bem em frente de casa, cujas folhas estão todas a cair como nunca vi, nem contra o prefeito borrabotas, inerte, fantasma velho, que nem parece existir, porque nunca põe seus rastelões a varrer a rua - pelo menos a minha!

E antes de repetir a mim mesmo o que venho observando na comparação das comemorações do dia dos pais com as do dia das mães: esses dias no comercio eu não vi nenhuma loja enfeitada com banderolas, corações de todos os tamanhos, frases alusivas à data; nem mesmo na TV eu vi tantos comerciais assim. É que pai parece fora de moda, não dá Ibope como as mães, e isso não é de hoje.

Mas, me pareceu não ser mesmo para eu reclamar, nem das toneladas de folhas secas espalhadas pelo quintal, nem da inércia do prefeito, e muito menos da pouca importância ao dia dos pais, porque um grande susto quase me fez voltar correndo pra dentro em busca de abrigo: um grande sopro, como se um avião a jato estivesse passando muito rente ao solo.

Mas, corajoso que sou, em vez de fugir, corri para a rua e vi aquele enorme balão passando sobre  minha casa, a não mais de quatro, cinco metros acima do telhado, sendo possivel avistar até os tripulantes, que me pareceram em apuros com a baixa altitude. Eu ainda não sabia que era dia de disputa do campeonato brasileiro de balonismo que tem uma etapa disputada aqui em Maringá. E fiquei a olhar aquela enorme maravilha até ela desaparecer atrás das árvores.

Graças a Deus o dia não foi só de susto e raiva, porque me senti assaz gratificado com a presença de todos os filhos - exceção de uma filha que mora no Mato Grosso do Sul. E pude constatar que não importa o pouco caso do comercio para com os pais, porque (como faço pra dizer isso?) meus filhos me amam! - É mais facil dizer assim.

E o dia acabou sendo um dos mais gratificantes que já vivi: filhos, netos e amigos ao redor da mesa e nas conversas descontraídas que só acontecem em ocasiões com essas. E dane-se o prefeito e suas árvores secas cujas sujeiras ele não tira das ruas.




domingo, 5 de agosto de 2012

VÁ LÁ!

Imagem: Ruifpinto. blogspot.com

Eu confessso: sinto-me um tanto confuso; dia desses quis fazer um cadastro num site de variedades e precisei fornecer uma séria de dados pessoais, como nome, CPF, endereço, telefone, e-mail...
Aí chegou o momento de informar o meu sexo e lá estava as seguintes opções: masculino, feminino e - ave! - "outro".
E eu fiquei a matutar: o que seria aquele tal "outro sexo". Porque até onde eu sabia só existem duas possíveis opções - masculino e feminino. Claro que eu estava a pensar no que é natural.
E, falando sério: por mais que queiram alguns (nem tão poucos assim!) é inadmissivel, naturalmente falando, a existência de outra coisa, em se tratando de pessoas ou qualquer outro ser animado, que não seja o indivíduo pertencer ao gênero masculino ou ao feminino.
Ah! Existem os hermafroditas que, por anomalia, têm os dois órgãos reprodutivos (mesmo assim são macho e fêmea ao mesmo tempo).                                                                             
De modo que não vejo um lugar na natureza dos seres vivos
ao tal "outro" sexo, por mais que se tente acomodar o impossível.
Mas, vá la! O mundo atual está tão moderno que eu, pobre ignorante, ainda não fui capaz de entender certas coisas!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

AINDA O ABORTO NO CÓDIGO PENAL

Diante destas imagens é dificil escolher a mais bizarra, já que ambas provocam tremendo mal estar em qualquer pessoa sensata que esteja gozando de perfeitas faculdades mentais. Certamente não faltará quem repudie o holocausto nazista como a pior das crueldades de que o Homem foi capaz, mesmo sendo resultado de uma lei aceita pelo povo alemão nas circunstâncias em que se vivia naquele momento histórico.
Pois, se não estou tremendamente equivocado, no Brasil da atualidade estamos prestes a realizar a mesma bestialidade (tudo legalizado!), a julgar o que querem os juristas encarregados da elaboração do anteprojeto do novo Código Penal. Só que estamos sendo ainda mais cruéis que os nazistas, pois estamos prestes a cometer uma barbárie muito pior que eles, assassinando muito mais que os 6 milhões de judeus que eles mataram. Pior ainda porque os judeus, sendo adultos em maioria, até poderiam encontrar um meio de fugir ao holocausto. Já nossos pobres inocentes não terão nenhuma chance de salvação, totalmente fragilizados à mercê da vontade de suas mães que invocarão a tal incapacidade psicológica para assassiná-los.
Tenham paciência! A esta altura dos debates não se pode mais argumentar que os fetos não são gente - essa é uma fase superada - porque, do contrário, o que seria aquilo que resulta da união do óvulo ao espermatozóide, se não for um ser humano desde aquele momento da concepção?
 E a pergunta que ronda minha cabeça desde que tomei conhecimento daquele esboço de lei é esta: Quem são os mais cruéis - os nazistas e sua política de extermínio de Judeus, ou nós os brasileiros (ao menos aqueles imbecis que tentam incluir na lei) e nossa política homicida contra milhões de brasileirinhos que ainda não terão saído do ventre materno????



quarta-feira, 11 de julho de 2012

SINAIS DOS TEMPOS

                                         "O mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar"
                                                                  O sul vai virar nordeste...


Qualquer um que olhar a imagem acima não terá dúvidas em afirmar que é uma cena do Nordeste brasileiro - tantas iguais já deve ter visto.

Mas a novidade está no fato de, além de não ser nordestina, ser uma imagem do extremo sul do Brasil - quem diria?

Olhando-a fiquei a matutar: até bem pouco tempo a gente ouvia noticias/comentários do povo do sul a reclamar que precisava criar um "Brasil do Sul", pois se viam cansados de trabalhar para sustentar um bando de "nordestinos preguiçosos" - eram estas as palavras que, mais ou menos, eu sempre ouvi.
E nada indicava que houvesse essa reviravolta aqui pelas bandas do sul!

Mas, a Natureza - efeito estufa/aquecimento global à parte - ou Quem domina a Natureza se encarregou de aplainar os montes e elevar os vales, deixando claro aos sulistas que soberba e arrogância não levam a nada, a não ser à constatação de que todos, nordestinos e gente do sul, têm a mesma dignidade e importância, e o flagelo ou a bonança não é privilégio de ninguém, mas, acima de tudo, dependemos todos de forças (sobre)naturais que não podemos controlar.

Será que, doravante, nós que tanto alardeamos nossa superioridade em relação aos "despreziveis" nordestinos seremos capazes de esbravejar nossos bordôes contra os heróis sertanejos que sabem como ninguém sobreviver nas piores adversidades? Penso que não, porque seria o cúmulo da imbecilidade, já que, muito provavelmente, a continuar as atuais tendências, seremos obrigados a aprender com eles suas sábias lições de sobrevivência.



terça-feira, 10 de julho de 2012

PODEMOS CONDENAR OS NARDONI'S?

sQuando a imprensa noticiou que um pai e uma madrasta tinham precipitado uma menina de 4/5 anos do sexto andar dum edificio, houve em nosso país, e até no exterior, uma comoção generalizada: monstros, assassinos, infanticidas, foram alguns dos nomes pelos quais cada cidadaão ou cidadã que tomava conhecimento da barbárie os chamavam. E ninguém usou de complacência para com eles, por mais que se dissessem inocentes.

Pois agora estamos prestes a assistir milhões de atos iguaismente bárbaros, ou muito piores, porque praticados contra seres humanos que não poderão se defender de nenhum jeito. Pior ainda - muito pior! - porque praticados pelas responsáveis pela existência de suas vidas.

E tudo será feito dentro da Lei, porque os nobres juristas da comissão encarregada de elaborar o anteprojeto do novo Código Penal Brasileiro, fizeram constar lá, com todas as letras que, dependendo tão somente da vontade da mãe, os inocentes que, não pedirão para existir, poderão ser assassinados. Bastará para isso que a assassina consiga um reles atestado médico/psicológico de que não terá condições de levar avante a gravidez.

Depois esses mesmos senhores (os juristas responsáveis pela aberração) - tenho certeza disso - terão a coragem de defender o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, só para passar por defensores dos desvalidos sem condições de autodefesa na sociedade. Ora bolas! Tenha paciência!

E se os homens e mulheres de bem, que ainda existem em nossa nação, não manifestarem veemente indignação, os polìticos assinarão em baixo da "burrada" feita pelos imbecis representantes do Judiciario.

Só mesmo Deus para dar um jeito em nosso país! Porque os "nardoni's" que fizeram o anteprojeto serão bem capazes de defendê-lo no Senado e na Câmara dos Deputados. Fiquemos alertas!

Será que essa gente lá da comissão não percebe o absurdo do que propuseram? Qualquer mulher que se entregar à sodomia e engravidar contra a sua vontade poderá alegar as tais faltas de condições psicolólgicas, até porque o ato que praticar será um crime desde o começo, e os médicos/psicólogos atestarão sua incapacidade.

Por isso, todos os brasileiros favoráveis à vida não têm o direito de se acovardar. Lutemos pelo que achamos justo e nece´ssário!

sábado, 7 de julho de 2012

JURISTAS FAVORECEM O CRIME?

Hoje tomei coragem para uma olhada no anteprojeto do novo Código Penal Brasileiro, recentemente elaborado – datado de 18 de junho último – por uma comissão formada por notórios juristas do nosso país.

Penso que lá na comissão estivessem os maiores causídicos atuantes no Judiciário, já que constam nomes que vão de advogados a ministros de tribunais de justiça, passando por desembargadores e outros embasados no Direito. Apesar disso é flagrante o caráter impotente do trabalho apresentado.

E os mesmos vícios de que a população tanto vive a reclamar lá estão repetidos: favorecimento aos criminosos em detrimento aos direitos das vítimas, continuidade da progressão das penas; além de criar outras aberrações, como descriminalização do sujeito que praticar um delito embriagado – só para mencionar alguns vícios.

Além de que não alteraram em nada a maioridade penal, como se o sujeito de até 17 anos, onze meses e trinta dias não soubesse o que estiver fazendo; isso numa época em que crianças de 03 anos já são detentores de mais conhecimento que os anciãos de oitenta, pela facilidade com que desde a mais tenra idade dispõem de informações.

Mas o que revolta mais é notar que esses senhores entendidos em leis são ainda piores que o povo chinês e sua política de genocídio de crianças do sexo feminino, por considerar as meninas como animais domésticos que se queiram descartar e por isso as atropelam e deixam nas ruas como aqui nós tratamos os cachorros ou gatos acidentados; ou são piores ainda que aqueles pais da Isabela Nardoni que a precipitaram do alto do edifício onde moravam.

Porque no inciso IV do artigo 128 explicitaram da forma mais pura a permissão ao homicídio: “se por vontade da gestante, até a décima segunda semana da gestação, quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade”.

Imbecis: nem de sutileza/artimanha usaram para permitir um crime naturalmente hediondo. Qualquer indivíduo de instrução menor que mediana sabe que os médicos, além de corrompíveis como qualquer ser humano (não me refiro a todos os médicos), não possuem formação para atestar capacidade ou incapacidade psicológica; e os psicólogos não podem emitir um laudo sobre a sanidade de um paciente com menos de muitas sessões de terapia, pelo que sei, até formar opinião sobre uma pessoa acabam levando acima de dez anos de tratamento.

Resultado: Enxurrada de liminares permitindo infanticídios, abortos, homicídios, como queiram chamar, porque enquanto o psicólogo não puder emitir seu laudo a gestação não durará mais que nove meses. E esses juristas da comissão do Código Penal só poderão contar com os políticos, vulneráveis à opinião pública, para salvar suas peles, porque já provaram que são piores que os Nardoni’s ou os chineses que, tenho certeza, eles mesmos não hesitarão em condenar veementemente como homicidas de crimes hediondos.

Mas a contradição estará no fato de que praticaram crime pior, ao permitir num diploma legal que milhões de brasileiros sejam assassinados só por não terem ainda saído do ventre materno.

E mais adiante, no mesmo anteprojeto, escreveram prescrições para proteger a flora, a fauna... Como se o ser humano fosse nada, comparado ao restante da natureza.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A GLOBO (RE)INVENTOU A RODA




Dia desses deu no "Fantástico": repórter da Globo se fez passar por gestor de compras num hospital público do Rio de Janeiro. E o que se viu foi um festival de indignações com a desfaçatez dos agentes envolvidos naquelas ofertas de propinas que ultrapassavam os 20%.

E eu, cá do meu sofá, fiquei a matutar: será que o pessoal da Globo é tão inocente àquele ponto? Será que nunca desconfiaram das verdadeiras fortunas surrupiadas dos brasileiros todos os dias, nas grandes obras públicas contratadas? Será que não sabem que em nosso pobre Brasil, desde o descobrimento, estabelecu-se o "jeitinho" nos espelhinhos e outros badulaques com que os exploradorres subornavam os índios?

E o que diriam os repórteres se se dessem a averiguar por que uma obra orçada, digamos em 1 milhão, logo logo tem seu valor elevado para 2 ou 3 milhões? É uma matemática dificil de explicar, principalemente quando sabemos que os empreiteiros e fornecedores, exatamente para fazer frente à corrupção, supervalorizam as obras e os preços dos produtos, e que a inflação não anda tão alta assim - praticamente inxistente.

Aliás, sem querer também reinventar a roda, eu penso cá com meus botões no absurdo dos míseros vinte e poucos mil reais que o Presidente da República recebe de salário, se é bem sabido que qualquer executivo de pequena empresa recebe proventos bem superiores. Da mesma forma, as demais autoridades do governo - todos os que lidam com verbas públicas - precisam receber salários infinitamente maiores e, se viessem cair na tentação do suborno, fuzilamento neles, sem passar pela cadeia! (evidentemente estou viajando na maionese, e nem sou a favor da pena de morte). Mas se os agentes públicos recebessem salários bem maiores, o suborno passaria bem mais longe deles!

Por que ainda não pensaram nisso?

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sábado, 5 de novembro de 2011

GRUPO DE IDIOTAS

Tá certo: o povo brasileiro é mesmo complacente!

Mas eu, que também pertenço ao povo, não posso ficar calado diante do que aqui vou comentar. Eu não consigo, por mais que tente, permanecer indiferente; deixei passar alguns dias na tentativa de esquecer o absurdo. Mas não consegui.

Então lá vai: eu ouvi (e também vi) nos telejornais, dia desses, a noticia de que a Câmara dos Deputados está a discutir um projeto de lei para definir quem deve (ou pode) ficar com o bichinho de estimação no caso de divórcio.

Eu não consegui entender. Porque, ou sou tão grande idiota, ou eles estão brincando, jogando escárnios na cara do povo. Ou será que não existem mais nenhum assunto a ser discutido/aprovado na Câmara?

Será que no Brasil não existem crianças passando fome? Não existe gente morrendo às portas dos hospitais? Estradas esburacadas? Cidades inteiras - principalamente no Nordeste - onde não existe um palmo de rede de esgoto?

Tá certo! Os cachorrinhos de madame, ou de alguns... são mais importantes que o ser humano mesmo. Eles - os cachorrinhos - não podem sofrer traumas psicológicos com a separação dos PAIS, porque vão ficar depressivos, não vão mais comer... Mas, e os filhos (humanos) dos mesmos casais, não serão afetados?

Ah!, talvez eu esteja esquecendo que aqueles que brigam por cachorros tenham natureza canina, porque uma das coisas que não muda é o insntinto de defeza da prole. E pais cachorros, certamente farão tudo o que estiver ao alcance para defender seus filhos.

Por isso nossos deputados, sensiveis ao clamor popular, estão lá em Brasilia ocupados em elaborar leis para defender os interesses caninos da grande maioria numérica representada pelos casais que precisam proteger seus bichinhos, porque os outros são mesmo a imensa minoria.

E, vai ver, eu estou muito desatualizado, porque hoje em dia os cachorrinhos valem muito mais que os filhos, as crianças abandonadas, os moradores de rua, os humanos doentes...

Essa é a nossa miséria: elegemos um bando de idiotas pensando que lá estariam a defender os interesses da população humana. Mas erramos feio, porque eles gostam muito mais é dos canhorros!

Sabe? Se continuar escrevendo, vou acabar falando bobagens, porque o estômago está nauseado como nunca esteve. Por isso não quero mais que dar um Viva ao povo brasileiro que tem a capacidade de não se indignar com tamanha desfaçatez; e é por isso que continuam a zombar da gente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

NOSSA SAÚDE

COLABORAÇÃO: - CINTIA COLOTONI

GUERRA ÀS SUPER BACTÉRIAS

Por Enfª Cíntia Juliana da Silva Colotoni

Especialistas e autoridades ligados à saúde muito tem se preocupado com a questão da automedicação, principalmente nos últimos meses. A rápida disseminação de bactérias multirresistentes trouxe a púbico a discussão do mal uso de antibióticos.

A super bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) tem nesta história pelo menos um mérito: acelerou a aprovação de novas regras para a compra e a comercialização de antibióticos.

De acordo com uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União, os antibióticos terão a venda controlada de uma forma semelhante à que ocorre com medicamentos tarja preta (psicotrópicos).

Para o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, a medida é consenso na diretoria do órgão; "As infecções comunitárias no Brasil estão crescendo porque há uma falta de regulamentação muito grande sobre os antibióticos", admitiu Mello, alguns dias antes da publicação. As novas regras já estão valendo desde o dia 28/11/2010.

A medida da Anvisa recebe o aval de infectologistas, que relacionam o uso indiscriminado de antibióticos ao aparecimento de bactérias irresistentes como a KPC, que fez vítimas no Brasil.

Alguns profissionais da saúde, entretanto, acreditam que a medida não é viável no País por causa da dificuldade de marcar consultas e ter acesso aos serviços médicos, tanto na rede pública como em convênio ou planos de saúde. Segundo a regulamentação da Anvisa, não mais será possível comprar antibióticos sem a receita médica, que deverá ser emitida em duas vias. A primeira via ficará retida na farmácia e a segunda deverá ser devolvida ao paciente carimbada para comprovar o atendimento.

As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a frase "Venda sob prescrição médica." As empresas terão 180 dias As empresas terão 180 dias para se adequar às novas normas de rotulagem.
A resolução definiu também novo prazo de validade para as receitas, que passa a ser de dez dias, em função dos mecanismos de ação dos antimicrobianos. Todas as prescrições deverão ser escrituradas, ou seja, ter suas movimentações registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias.
As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que têm uso exclusivo no ambiente hospitalar. uso exclusivo no ambiente O objetivo da Anvisa, ao ampliar o controle sobre essas substâncias, é contribuir para a redução da resistência bacteriana na comunidade.
Resolver esse problema vai nos melhorar como sociedade. Precisamos tomar consciência de que nosso ato imprudente, ainda que no curto prazo não nos prejudique, resultará num risco geral: atualmente as infecções por germes resistentes matam mais de 70 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. A ilusão dos antibióticos custa caro. Perguntem à super bactéria.
Fonte: Agência Brasil;
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e ANVISA.
Fontes: Ministério da Saúde (Site Oficial – www.saude.gov.br) e Anvisa -www.anvisa.gov.br/medicamentos/banco_med.htm
Crédito das Imagens: Portal – Medicamentos Genéricos www.bibliomed.com.br/genericos/






quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O LIMITE DA INCOMPETÊNCIA





Fonte: "leouve.com.br"




Pobre povo brasileiro! Somos acachapados a cada dia por homens de negócio que, pelo que se constata, só podem ser desonestos.

Eu explico: ontem perambulei por mais de 01 hora (isso mesmo: 01 hora) pelas ruas de Maringá, passando por mais de 30 telefones públicos, os famosos "Zoreiões", sem encontrar um sequer que funcionasse. Se o pessoal da "OI" estiver duvidando do que estou dizendo é só me procurar que eu mostrarei um a um os aparelhos que busquei, nos mais vários bairros da cidade. Eu precisava falar com o médico de um familiar com urgência. Mas, se fosse o caso, a depender dos serviços públicos da concessionária, o familiar já teria morrido.
Eu sou apenas um dentre os milhares de brasileiros que necessitam desse serviço diariamente. Mas a falta de vergonha da concessionária e a inépcia de seus executivos parece não ter fim. Não é de hoje que 99% dos telefones públicos não funcionam.

Interessante que volta e meia a gente vê o poder público e as concessionárias reclamando das ações dos vândalos que destroem o patrimônio – no caso os "orelhões". Mas bem que me deu vontade destruir cada um dos aparelhos inoperantes que procurei. Claro que não os vandalizei, e nunca faria isso; mas que mereciam, mereciam!
Por isso, antes de pleitear novas concessões para operar serviços de TV por assinatura, seria altamente salutar que as "teles", como são chamadas, de modo especial a "dona OI", tratassem de mostrar competência para aquilo que se dispõem a fazer, sob pena de não terem moral para reclamar dos "vândalos" que transformam seu patrimônio naquilo que mostra a imagem ilustrativa desta matéria.


Paciência tem limites.

sábado, 27 de novembro de 2010

O ALGOZ DAS MULHERES

Quase todas as mulheres se deixam escrvizar pela balança
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Esta semana passei quase uma hora diante de uma banca de revistas em Curitiba, admirado com a constatação daquilo que já intuía.
Lá estava um painel com 32 revistas expostas ao público. E nada mais, nada menos que 24 delas (75%) - inclusive uma revista semanal destinada a homens de negócio, políticos, muito conhecida - traziam na capa matérias do tipo: "emagreça sem passar fome", "perdi 11 kgs em 5 dias", "veja como fazer a dieta perfeita", "perca peso sem drama de consciência"...
Todas elas exibiam fotos de atrizes famosas, top-models e até anônimas, dando seus testemunhos de como conseguiram o "corpo perfeito".
E eu fiquei a pensar que longe vão os dias em que ser gordo(a) era sinônimo de riquieza e bem-estar, porque demonstrava, em primeiro lugar, a fartura de comida à mesa, e, em segundo, que a pessoa não precisava trabalhar para viver.
Porque os pobres trabalhadores não dispunham das parafernálias de hoje em dia - máquinas, tratores, computadores, etc - e eram obrigados a realizar todo o trabalho pesado com os braços, gastando a minguada energia que mal acumulavam com a alimentação pobre e deficiente. Por isso tinham os mesmos corpinhos que hoje o homem e a mulher da era da mecanização tanto procuram.
O paradoxo é que quando não há mais esforço físico no dia-a-dia, a alimentação proporciona tanto prazer que as pessoas, principalmente as mulheres, não conseguem abandonar a gula e comem exageradamente. Depois, não querendo perder o bonde da moda ditatorial, ficam praticando as charlatanices das dietas ineficazes e perigosas à saúde, sem se darem conta de que emagrecimento se consegue com alimentação adequada e trabalho forçado.
Só não percebem que correndo atrás das tais dietas não estão mais que dando lucro às revistas inúteis que bem podiam se ocupar de temas mais sérios e úteis à sociedade.
Eta mundo gozado!
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

E A LEI DA PALMADA, HEIN!


Antes de tudo, sinto-me obrigado a dizer que, pai de 6 filhos, apenas uma vez precisei usar de castigo físico contra um deles: ele tinha uns 11 anos, e começou bater nos irmãos, e até a ameaçar a mãe. Foi aí que me obriguei a dar-lhe uma cintada. E ela valeu para o resto de sua vida até hoje.

Portanto, ninguém pode acusar-me de violento pelo que vou considerar a seguir. Podem perguntar a meus filhos.

Porque se existe algo asqueroso no relacionamento familiar é esta tal Lei da Palmada que, confesso, não sei se já foi promulgada, ou continua ainda em discussão pelos nossos ilustres congressistas que, neste caso, não passam de verdadeiros idiotas.

Eu não estou defendendo os pais desajustados que tratam os filhos com toda sorte de violência, física ou moral, que sei existirem aos montes por aí. Estes merecem cadeia, como qualquer outro criminoso.

Mas, construir uma lei para proibir os pais ou as mães de família que, por amor, puro amor, sente a necessidade de manifestar contrariedade ao que o filho estiver a fazer de nocivo, é legislar para destruir as familias.

Esses deputados ou senadores lá de Brasilia, ou mesmo o presidente da República, demonstram-se analfabetos afetivos, sem entendimento das necessidades da pessoa humana. Depois não sabem porque os nossos jovens e adolescentes caem nas drogas, na violência gratuita, nos homicídios, na barbárie, enfim.

Toda criança/adolescente precisa de alguém em quem se apoiar - neste caso os pais. Precisam da autoridade dos genitores, seu porto seguro na vida. Então não podem estar à mesma altura deles, como qualquer outra pessoa com quem se conviva.

E não adianta dizer que conversa e carinho resolvem as rebeldias dos pequenos que, muitas vezes, agem exatamente esperando a imposição da autoridade do pai e da mãe. Não a encontrando perdem o norte, não têm mais alguém que possa transimitir-lhes firmeza. As palmadas moderadas, os puxões de orelha, nestes casos, são verdadeiros carinhos que esperam, porque é a forma do pai/mãe dizer: eu estou fazendo de voce um(a) homem/mulher digno(a).

Eu já sei de filhos que basta o pai ou a mãe olhar atravessado para eles, que já ameaçam com o conselho tutelar.

Pois eu digo uma coisa: se tivesse filhos menores e me visse ameaçado com intimações do conselho tutelar por corrigi-los, não hesitaria em levá-los ao conselho e deixá-los lá, para serem criados pelos conselheiros, ou os levaria ao Congresso Nacional ou à Presidência da República - para sempre. Porque não concebo a idéia de ser um criador de marginais.

Educar os filhos com autoridade - não com tortura - é algo tão necessário que o nosso Deus-Criador não deixou de nos orientar a respeito: "Quem poupa a vara, odeia o seu filho; mas aquele que o ama lhe aplica a correção" (livro dos Provérbios, capítulo 13 - versículo 24).

Que ótimo seria os governantes se ocuparem de coisas mais sérias e úteis à população - que existem aos montes - ao invés de trabalhar para destruir as famílias, e consequentemente a sociedade!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CRIANÇA TEM CADA UMA!

Meu neto, Lucas, está comemorando o aniversário de 9 anos hoje.

Conversando sobre ele com sua mãe, ela me contou uma de suas boas. Ele tem um amiguinho cuja família tem o espiritismo como religião. Certamente, como todas as crianças, eles tratam em suas conversas dos assuntos que ouvem dos adultos da familia.

Certa vez ele disse à mãe: "Eu acho que está sobrando gente no mundo sem espírito". Diante da admiração da mãe ele emendou: "meu amigo disse que todos nós temos os espíritos das pessoas que já morreram e reencarnaram em nós. Só que eu acho que isso não dá certo, porque a professora disse que antigamente tinha pouca gente, muito menos do que tem hoje. Por isso não tem espírito pra todo mundo hoje".

Eu fiquei impressionado com a capacidade de pensamento de uma criança de nove anos. Ela, com aquela consideração, me deu uma lição de sabedoria, porque eu também passei a pensar a respeito.

Certamente os espíritas e os adéptos de outras religiões que pregam a reencarnação têm uma explicação para isso - embora seja difícil acomodar essa questão. Se existem pessoas criadas com espírito próprio e outras que recebem espíritos reencarnados, então Deus faz distinção de pessoas, privilegiando uns em detrimento de outros.

Eu confesso que não vejo uma explicação plausível. É difícil para mim aceitar que os pouquíssimos indivíduos do início da História, ou mesmo da Pré-história tenham tido tantos espíritos para reencarnar nas mais de 6 bilhões de pessoas que vivem hoje. Ou existem pessoas sem espírito como pensa meu neto?

Precisamos prestar mais atenção ao que dizem as crianças!...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

VIVA O POVO BRASILEIRO

O Brasil, definitivamente, é um país dos mais especiais que existem.

Nossa democracia, jovem ainda, necessita de urgentes aprimoramentos.

Para ser um governo do povo e para o povo precisaria abolir a obrigatoriedade do voto. Mas isso é assunto para depois, porque o que vale no momento é que todos os cidadãos, de ambos os sexos, alfabetizados, que tenham idade entre 16 e 70 anos, são obrigados a comparecer às urnas, o que faremos - com as graças de Deus - no próximo dia 3.

Eu tenho ouvido e visto no rádio e na TV as mesmices do programas eleitorais, que de dois em dois anos nos são empurrados goela abaixo, suprimindo as programações normais que, apesar de ruins em muitos casos, dão de 10 x 0 nas chatices dos políticos, muitos deles verdadeiros palhaços.

Nesta campanha de 2010 a coisa ficou ainda pior, pela polarização entre dois candidatos à Presidência da República. De um lado o representante dos tucanos - José Serra - tudo faz para se apresentar como pobretão, postura que ridículamente adotou desde sua primeira aparição na telinha, o que tem soado como tremenda falsidade, já que todos - inclusive os mais desprovidos de inteligência - sabem que é legítimo representante da minoria abastada.

Eu não estou mentindo. Quem duvidar é só observar as gritantes diferenças nas intenções de voto entre sul/sudeste e norte/nordeste.

Pelo outro lado a candidata da situação - Dilma Rousseff - nada de braçada nos resultados das pesquisas eleitorais, apesar dos escândalos que a dupla DEM/PSDB insiste em incentivar setores da imprensa a descobrir e fazer estardalhaço em cima da opinião pública. Parece que os agentes do governo de segundo, terceiro, quarto escalões, além de integrantes da base partidária não aprenderam nada das lições do mensalão, escândalos do caseiro, etc, já que insistem em cair nas mesmas "alopradices".

E eu tenho um conselho a dar ao PSDB e correligionários: já que não conseguiram outro candidato a vice além daquele "índio patachó" que, assim mesmo, chegou ao ninho com grande atraso e não sabe fazer outra coisa a não ser dizer besteira, não adianta agir como radiola com defeito na agulha, repetindo, naquela linguagem intelectualizada, as mesmas acusações do passado, porque o resultado será o mesmo.

Eu não sei se infelizmente ou felizmente, o povão pobre, os "Zés" e as "Marias" que a elite dominante no país desde os tempos de Cabral - passando pelo império, Getúlio, Juscelino, generais, Sarney, Collor, FHC - formam a imensa maioria do povo brasileiro. E eles não têm instrução, não sabem ler/escrever, não têm acesso à internet. Portanto as palavras em correto Português, ditas de forma que só os "dotô" entendem, não atingem a maioria da população.

O que essa massa de gente pobre e subnutrida entende é a linguagem do estômago. Estômago, aliás, que tem estado cheio nos últimos anos.

Então os políticos profissionais, aqueles que mantiveram o povo cativo de sua astúcia por toda a existência da nação, não têm saída. Podem levantar escândalos no Governo, denunciar à vontade, mas suas palavras retornarão a eles próprios, porque nunca falaram a linguagem dos humildes. E os humildes são a imensa maioria que irá eleger o próximo mandatário do Brasil.

Bendita democracia!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

TEMPOS MODERNOS, COSTUMES NEM TANTO

O tempo não pára. E à medida que avança vai proporcionando mudanças nos costumes, rumando na direção do que se chama modernidade, embora, para as pessoas sensatas haja controvérsias.
É evidente que os avanços permitem à humanidade não permanecer estagnada, propiciando melhoria nas condições de vida em geral. Para constatar a sua importância, basta lançar um olhar sobre a história da medicina.
Mas, ao mesmo tempo em que possibilita bem-estar em todos os aspéctos da vida humana, a modernidade muda os costumes, nem sempre para melhor.
Já vai longe o tempo em que as famílias eram constituídas de um pai e uma mãe - casados "no civil" e na Igreja. Nem se pensava em juntar os trapos sem aquelas formalidades. E depois vinham os filhos, muitos deles - sete, oito, dez, doze...
Não se tinha muitos bens materiais; os primeiros filhos, desde bem jovens já pegavam no batente para ajudar os pais no sustento dos menores, estudavam no máximo até o quarto ano primário, e exibiam orgulhosos os diplomas.
Mesmo atrasados e pobres tinham o que há de mais precioso no ser humano: amor verdadeiro e harmonia familiar sem egoismos.
Hoje os costumes mudaram e o que "tá usano" é os casais não terem mais que um filho, quando nenhum.
Às vezes, por grande liberalidade, chegam a ter um casalzinho de filhos, apenas para atender a seus caprichos. E quando a ultrasonografia mostra que o sexo do novo bebê será o mesmo do filho já nascido, é provável que se pense em abôrto - outra desgraça da sociedade atual.
E para compensar a chatisse da solidão e aplacar a ânsia de amor entre pais e filhos se recorre aos cachorrinhos e gatinhos - aquelas belezinhas que a gente vê nas caminhadas puxados por coleiras enfeitadas com acessórios de luxo (para resolver seus problemas de obesidade), ou nas janelas dos carros com lacinhos floridos na cabeça.
Só que agora esses egoistas - até porque são tolos o bastante para correr atrás dos modismos que chegam e passam - têm tido dificuldades para fazer o que "tá usano".
Não sei de quem foi a idéia tola de desenhar nas traseiras dos carros as pessoas da familia. Só sei que a gente vê pelas ruas os veículos com aqueles desenhos de um homenzinho, uma mulherzinha e um menininho ou menininha.
Aí um mais espirituoso achou por bem colocar também um cachorrinho. Foi a gota dágua!
Agora a gente vê carros cada vez mais repletos daquelas figurinhas carimbadas: dois ou três humanos, três cachorrinhos, um papagaio, um gatinho...
Hoje eu vi um que tinha um homenzinho, três cachorrinhos, dois pássaros, dois gatinhos, nenhuma mulherzinha ou criança.
E já que a moda é colocar nos automóveis as caricaturas de tudo que tem vida em casa, eu já estou vendo a hora em que vou encontrar pelas ruas carros com as figuras de ratos, pulgas, baratas, aranhas, além de outros bichos/insetos. Menos famílias constituídas de pais, mães e filhos - três ou quatro deles.

Aonde chegamos?!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

E OS "DIREITOSUMANOS"?

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O Brasil parece mesmo ser um país único no mundo. Antes de tudo - corrupção, violência urbana e narcotráfico à parte - somos o povo mais pacífico do planeta. Em tudo damos o famoso "jeitinho" e vamos logrando todos os contratempos. Assim é na saúde, no transporte, no saneamento básico, na fome, nos crimes de homicídio, latrocínio, pedofilia... em tudo!

E o nosso "jeito latino" faz milagres! Somos capazes de burlar leis e não sermos imputados. Sim, porque temos leis fantásticas, creio que o melhor conjunto do mundo, mas todas são desrespeitadas cotidianamente por todos: cidadãos, políticos, autoridades. Se nos envergonhássemos somente dsse fato, o Brasil seria o melhor país do mundo para se viver, o mais bem posicionado econômica e socialmente, o país dos sonhos. Porque temos leis justas, verdadeiras obras primas, que promovem o bem-estar social e a dignidade humana.

Mas nossas leis, impecáveis, ficam "no papel". Damos-lhes as favas. É como se não tivessem sido elaboaradas. E ninguém, nem os prejudicados pelas desobediências a elas, nem as autoridades que existem exatamente para fazer cumprí-las dão a mínima importância. Os prejudicados, por desânimo, porque estão carecas de saber das dificuldades que enfrentam quando precisam de proteção, especialmente se são das classes "e", "f" ... "x", "y", "z". Sim, porque no Brasil existem cidadãos na classe "z". E as autoridades, por inépcia, preguiça mesmo, já que o "jeitinho" funciona, não cumprem suas obrigações.

O resultado é que a inobservância das leis está provocando todo o bulicio que vemos nos últimos dias, porque ensejou a movimentação do governo na diivulgação do tal projeto.

Não dá para aceitar o tal Projeto dos Direitos Humanos que o governo acha que, pela popularidade do Lula vai conseguir emplacar. Eu confesso: sou entusiasta do presidente, não pela sua biografia, mas pelas coisas que fez no governo, na tentativa de distribuição justa de renda, no combate a fome e a pobreza, nos acertos da política econômica, e mais algumas coisas. Só que, desta vez, ele pisou na bola.

Não precisava criar aquele monstrengo que é o projeto, onde aborda tudo, quase que inventa um novo país, mas não serve para nada. Tudo o que está nesse projeto, que pretende se tornar lei, já faz parte da nossa legislação. Então o que é preciso é o governo cumprir e fazer cumprir as leis que já existem e estão em pleno vigor. Cada linha no projeto encerra tanta coisa que precisaria de alguns meses só para um esboço. Muito otimistamente poderíamos dizer que daqui a uns 40 anos tudo estaria preparado, principalmente sabendo como é a burocracia e o marasmo dos nossos agentes públicos.

Sob o argumento de aprimorar os direitos humanos estão lá no projeto o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso, a lei de reforma agrária, o Estatuto da Igualde Racial, a laicidade do Estado, e tudo o mais que já existe. Então o que o Governo deve fazer é criar vergonha, isso mesmo: criar vergonha na cara e fazer cumprir, e também cumprir ele próprio as leis que estão aí sendo desrespeitadas. Porque o que está fazendo é chover no molhado.

Sem falar naquilo que chega ser asqueroso, como intrometer-se na intimidade das pessoas, como se fossem incapazes mesmo de respirar por conta própria. Está decretando o fim da familia com a permissão ao aborto, às manifestações homosexuais, casamentos gays... Tudo isso é contra a natureza humana, são aberrações, mas estão garantidos no projeto. Nada contra esses desvios de personalidade já que são enfermidades, e muitas vezes fogem ao controle do indivíduo, exceção ao aborto. Mas daí a se criar leis para "incentivar" aberrações como essas vai uma grande distância. E onde está a CNBB que ainda não saiu do inconformismo interno?

Sem contar que, caso único no mundo, aqui nós temos "leis que pegam" e "leis que não pegam". Já pensou se depois de 40 anos de elaboração o tal projeto dos direitos humanos não pegar?

sábado, 18 de julho de 2009

AONDE CHEGAMOS?


Se existe novelas que eu gosto de acompanhar são aquelas das 18:00 horas na rede Globo.
As estórias são mais singelas, geralmente apresentam temas históricos; quando não as belas paisagens rurais do Brasil ficam à disposição de quem aprecia nossas belezas naturais.
Atualmente tenho visto a novela Paraiso, uma estória "ligth", gostosa de ver, divertida algumas vezes, boa mesmo, exceto pelas afrontas que tem apresentado.
Em primeiro lugar, quiseram enfocar a religiosidade do povo do interior. Assim criaram um padre, uma igrejinha, uma comunidade católica, uma santinha e uma carola, alias, muito bem feita por Kassia Kiss, que tem dado um verdadeiro banho de interpretação.
Mas, em segundo lugar, foram infelizes ao misturar Deus e o diabo. Assim estão empurrando goela abaixo dos telespectadores uma verdadeira apologia ao inferno, quando, apenas em um capítulo, mencionaram o nome de satã nada mais que dez vezes. É um tal de "filho do demo" p´ra lá, "Cramulhão" p´ra cá, mistura de São Benedito e Santa Rita com o diabo... Mas, isso são águas passadas em capítulos anteriores.
No capítulo de hoje, porém, se superaram, quando quiseram apresentar uma missa. Acredito que os envolvidos na criação da novela não entendem nada de catolicismo, e nem procuraram assessoria de quem conhece.
Muito infeliz a idéia de apresentar a missa.
Foi assim que, "no momento da consagração" (bem naquele momento!) apresentaram algo horroroso a qualquer católico com um mínimo de entendimento. Blasfemaram a Eucaristia quando o padre interpretado por Carlos Vereza, no momento que elevava o cálice com o vinho/Sangue de Cristo, pronunciou o nome do maligno: "Que diabo está acontecendo aí?" foram suas palavras ao ver o rebuliço provocado pela mãe da santinha que desmaiou ao encontrar a filha dentro da igreja, na hora da missa.
É bem isso o que o demônio quer: ter seu nome pronunciado, ainda que seja de "mentirinha" na cena de uma novela. E naquele momento da celebração (a consagração), eles praticaram a maior profanação possível de acontecer - o que é próprio dos satanistas - ao tirarem o foco de Jesus Eucarístico para lembrar o seu inimigo. Para o demônio não podia haver coisa melhor, já que tudo o ele quer é exiber-se.
Não sei de quem foi a infeliz idéia. Se da direção da emissora, do diretor da novela, ou do autor. Acredito que o elenco, mesmo aqueles envolvidos no triste espetáculo, não têm culpa, pois obedecem ao que está no texto que recebem pronto. Parece mesmo que a responsabilidade é daqueles que têm algum poder na realização da estória.
E, se querem reconhecimento como uma emissora séria, que investe milhões na realização de um projeto como aquele, é bom não afrontar de forma vergonhosa, a religiosidade da maioria dos brasileiros.
Se conhecem o mínimo do catolicismo, não podem abusar assim, porque Deus bem que merece respeito.
O Seu povo também.

terça-feira, 14 de julho de 2009

AUSPICIOSOS SINAIS DOS TEMPOS



Parece que a democracia começa a se fazer sentir de verdade no Brasil.
Um regime democrático que se preze não se limita ao estabelecimento de igualdades somente no que há de bom e proveitoso para todos. Mas, acima de tudo, é aquele que estabelece a igualdade em todos os aspéctos da vida em sociedade.
Ainda estamos engatinhando nessas boas práticas de democracia. Mas bons sinais começam a ser notados.
Há alguns anos ninguém ousaria pensar que uma pessoa bem posicionada socialmente, rica, influente, detentora de poder, pudesse, ao menos sonhar que seria processada. Muito menos presa.
Acredito que a Polícia (a Federal principalmente) nem se empenhava em investigar aqueles crimes que eram chamados de "colarinho branco", porque sabia dos empecilhos que encontraria nos escalões superiores da administração pública. Isso desde a Presidência da República, até simples vereadores de cidades do interior, que sempre metiam o bedelho em assuntos da polícia e da justiça. Sempre para que não incomodassem seus protegidos, sob a alegação de que eram cidadãos de bem. (Quando o alvo não era eles próprios).
Exatamente por causa dessas interferências indevidas, que vinham de muito tempo, desde que o país passou a existir, o Brasil era (talvez ainda seja, em menor grau) conhecido como um país de corruptos. A ex-primeira ministra britânica que o diga ("o Brasil não é um país sério").
Hoje, tímidamente ainda, a situação começa a mudar. Já é possível a gente ver políticos corruptos, como aquele ex-governador de São Paulo, socialites, donas de boutiques, juízes federais, banqueiros (banqueiros!) algemados dentro de camburões. Pelo menos por algumas horas, como os simples mortais ladrões de galinha.
É ainda muito pouco, mas já começa a mudar.
Eu gostaria de arriscar um palpite: acho que a Policia Federal começou a fazer aquilo que sempre quis fazer, desde que foi criada, por uma razão muito simples: ela sabe que o esforço das investigações, as prisões, os inquéritos serão remetidos à Justiça e não serão engavetados. Porque na Presidência da Republica está um cidadão que encara com seriedade o sentido de sociedade, justiça, leis, enfim. E determina o cumprimento da Lei aos subordinados, a começar pelo minstro da justiça.
E as outras policias estaduais, vendo o exemplo de cima, também mudou de postura. O resultado é que, ainda com um longo caminho a percorrer, a Lei passa a ser igual para todos.
E a nossa imagem começa a mudar no cenário internacional.
É ainda incipiente. Mas um bom começo.

sábado, 11 de julho de 2009

O PROBLEMA DAS CPI's EM ÉPOCA DE ELEIÇÕES NO BRASIL

Sarney tem a cabeça a prêmio e poderá ser apeado da presidência do Senado

Por incrível que pareça, ano que vem haverá eleições no Brasil, inclusive para presidente da República.

E, por incrível que pareça, a dupla PSDB-PFL/DEM estão a exigir o funcionamento da CPI da Petrobrás. Não há outro jeito de entender a ânsia por CPI's sem considerar o desespero desses partidos ao perceberem o poder, novamente, fugindo-lhes das mãos.
Chega a ser trágico observar que esses políticos do PSDB e do DEM acreditam que vai ser buscando, a qualquer preço, um escândalo no governo que eles ganharão as eleições. Parece que menosprezam a inteligência do eleitor, que, já há muito tempo, quebrou as cercas dos currais eleitorais onde era mantido cativo.
Em 2005 foi a CPMI dos correios que acabou investigando tanta coisa, abriu tanto o leque das investigações, que a empresa postal brasileira conseguiu sobreviver à sanha dos oportunistas de plantão. Acabou ficando de fora das investidas dos detetives da Câmara e do Senado naquela que ficou conhecida como a CPI do fim do mundo. Depois vieram as artimanhas de última hora, já às vésperas do primeiro turno, na tentativa de prorrogar a partida, esperando que um artilheiro fizesse o gol salvador do campeonato. Não deu certo.
Ao tentar repetir a dose, eles parecem pensar que o pobre eleitor não consegue atinar para as artimanhas que tramam. Só que não é assim. O povo é sábio e, por isso mesmo, soberano. Ele sabe tudinho o que se passa; vê a sujeira que empesteia o Congresso Nacional, personificada nos políticos que nada produzem e tentam justificar sua inépcia acusando os outros; conhece os defeitos todos do governo instalado em Brasília, os esquecimentos das promessas de campanha; tudinho!
Portanto, como eleitor e simples mortal, eu estou alertando aos políticos lá de Brasilia, do Senado Federal: não será CPI que irá definir o resultado das eleições do próximo ano. Serão a capacidade de mostrar trabalho, os projetos em benefício da coletividade, as leis elaboradas para o bem comum os verdadeiros eleitores do próximo presidente do Brasil.
Não adianta derrubar o Sarney para apoderar-se da presidência do Senado, achando que com aquela presidência e uma CPI se elegerá o mandatário da Nação.
Quem está alertando é um homem do povo, que, por isso mesmo, sabe bem o que pensa este povo. Não vai ser mostrando os defeitos do concorrente que se ganhará as eleições. Mas com trabalho! Aos políticos pode não parecer, mas o eleitor sabe, exatamente, o que está acontecendo.
"Quem avisa, amigo é".

sábado, 20 de junho de 2009

O FANTASMA DE ORTIGUEIRA


A coisa mais básica de uma administração municipal é zelar pelas estradas vicinais. Isso é como o arroz e o feijão que não podem faltar na mesa dos brasileiros. Pode faltar a carne, os legumes, as massas em geral, as verduras; mas o arroz e o feijão, quando faltam,os filhos todos vão reclamar ao pai de familia que ele não está colocando o "pão de cada dia" na mesa.
Pois bem: atualmente estou residindo na zona rural do municipio de Ortigueira, no Paraná. E é uma vergonha, como diria aquele âncora de telejornal, o que acontece aqui. Não é possivel conceber que as estradas de terra, com muitas pedras, que eles dizem que foram cascalhadas para melhorar o tráfego dos pobre munícipes ruralistas, fiquem por mais de 04 anos, isso mesmo, mais de 04 anos sem manutenção. Pois é isso que está acontecendo na estrada que liga o distrito de Bairro dos França a Briolândia.
Nem mesmo na época da campanha eleitoral, que reelegeu o fantasma que continua lá na prefeitura, ele teve a ombridade de mostrar aos seus pobres eleitores que aqui vivem que sua administração seria séria e honrada.
Eu conheço um ditado que diz: "cada povo tem o governo que merece". Isso se encaixa como uma luva na situação que estamos vivendo. Povo alienado, se deixando levar pelo "tapinha nas costas" da época de campanha, reelegendo o "fantasma" que, assim o chamo,porque é como se não existisse; ou, se existe, é preguiçoso, já que, como eu disse ali em cima, cuidar de estradas e demais vias públicas é básico em qualquer administração que se preze.
Poderá o administrador público optar por qualquer outra obra para ser deixada à posteridade como sua grande realização. Porém cuidar das vias públicas tem de ser o arroz com feijão que não pode jamais faltar, sob pena de "matar os munícipes de fome". E isso é o fracasso total de um administrador público..

quinta-feira, 7 de maio de 2009

AH... SE MEU FUSCA FALASSE!



Dia desses, dirigindo o fusca ano 75 pelas ruas da minha bela cidade de Maringá, fui surpreendido por um paraplégico andando de muletas, a menos de 20 metros do fusca, que atravessou na frente, bem devagar, como se estivesse em plena calçada.

E não é um caso isolado: a mesma coisa acontece nos cruzamentos, onde os outros veículos entram na frente como se o pobre fusquinha não estivesse na via preferencial. Ou então nas rodovias, onde muitos motoristas têm agido exatamente como aquele que dirigia um carro moderno, de grande potência, que me ultrapassou pelo acostamento da direita, causando grande susto, em em mim, e nos pobres dos passageiros do fusca.

Ainda têm os carroceiros, ciclistas, cachorros, burros, vacas, cavalos que quando vêm o fusca simplesmente adentram a pista, numa atitude de quem quer humilhar. Eu não estou inventando! É simplesmente verdade. Quem estiver duvidando, põe atenção quando observar um fusca andando pela cidade. Ele não é respeitado com a dignidade que merece. Afinal, todos eles (os fusquinhas) são os avós, bisavós e até tetravós dos carros que circulam pelas ruas e rodovias. E bem que merecem respeito! Mas não é assim.

Ainda hoje, viajando rumo ao sítio, fomos ultrapassados por uma perua em plena lombada em curva, com faixa contínua... Isso foi de mais!

Brincadeiras à parte, o assunto é sério. Nós temos outros carros em casa, mas o único que suporta bem as dificuldades das estradas de terra, cheia de pedras, com subidas íngremes e sem a menor manutenção da prefeitura de Ortigueira-PR, onde vamos para a roça, é o fusca. É ele o único que dá conta do recado, apesar da pintura desgastada pelo tempo, direção com meia volta de folga, pedal do acelerador travando...

Ah! Eu gostaria de alertar àqueles que consideram os fuscas carros que andam devagar e sem oferecer riscos de atropelamento ou batidas em outros carros. Eles não andam tão lentamente assim, e os freios não são tão eficientes quanto os dos carros modernos. Por isso, mais que respeito, é preciso cuidado!...

quarta-feira, 25 de março de 2009

COMO GANHAR R$ 2.000.000,00



Todo cidadão brasileiro tem a obrigação de um "mea culpa" em relação a dizimação de milhares de pessoas dentre os diversos grupos indígenas que povoavam este continente chamado Brasil, como senhores absolutos de todas as riquezas imensuráveis aqui existentes, até a chegada da esquadra de Cabral. Mais propriamente os padres da Companhia de Jesus, que impuseram goela abaixo a doutrina cristã, sem levar em conta toda a religiosidade que eles já praticavam, sem nenhuma preocupação com a inculturação do evangelho.
Assim a dívida do branco para com o índio neste país é impagável. Dá pena ver familias inteiras deles perambulando pelas ruas de nossas cidades, oferecendo seus artesanatos, cujo produto da venda é para matarem a fome. São pais, mães e crianças que vivem grande crise de identidade, pois dão a impressão de que não têm consciência se são ainda índios, ou se já são brancos.

Só que isso não justifica o que está acontecendo em São Jerônimo da Serra, onde uma população caingangue de não mais que 380 índios fazem reféns empregados de uma empresa, deixando-os incomuncáveis por vários dias sob o pretexto de que têm pendências financeiras com a empresa.
Imaginemos se esse ato tivesse sido praticado por qualquer cidadão brasileiro, ou mesmo grupos organizados como o MST por exemplo! Será que a permissão para a barbárie se justifica pelo fato dos silvícolas serem pessoas totalmente alienadas em relação aos deveres e direitos da pessoa? Eu vi na TV um deles dizendo que a situação precisava ser resolvida com rapidez porque ele já tinha feito compromissos com o dinheiro que achava que tinha direito de receber.
Já pensou se cada proprietário de terras procurasse as empresas de energia elétrica buscando receber milhões de reais pelas linhas de distribuição que passam por suas propriedades? Eu mesmo tenho um sítio onde passa uma rede de distribuição.

O que espanta é que os 380 indivíduos estão para receber nada mais, nada menos que R$ 1.800.000,00.

Resta saber o que farão com o produto do seqüestro das pessoas que estavam apenas trabalhando (permitido pelas autoridades respaldadas na Constituição e amparados pela FUNAI dentre outros órgãos governamentais).
Sabe o que estou pensando? vou reunir os vizinhos de propriedade rural para seqüestrar os funcionários da companhia de energia quando forem ler o consumo mensal e exigir indenização pelos fios que passam por lá.
Só que tenho certeza que iremos todos para a cadeia...

segunda-feira, 23 de março de 2009

IPVA OU PEDÁGIO... MAS PAGAMOS OS DOIS!


Eu estou para "chutar o balde" com o que vem acontecendo nas rodovias paranaenses, em relação a bi-tributação de que temos sido vítimas todos os motoristas.

Não sou especialista em leis e, confesso, tenho preguiça de me informar a respeito, uma falha pessoal minha, porque ninguém pode alegar ignorância perante a legislação vigente. Mas acho absurdo e considero cobrança duplicada a gente pagar IPVA para ter o direito de trafegar pelas vias públicas, e quando utilizamos o serviço pelo qual já pagamos (caríssimo, diga-se) ainda temos que pagar o pedágio.

Este, sim, um verdadeiro roubo, um assalto onde as vítimas se tornam até coniventes com os assaltantes, porque se deixam roubar sem esboçar reação alguma.

Eu explico: se pago IPVA é exatamente para ter direito a trafegar com meu veículo pelas vias públicas. Se não fosse por esse direito os policiais rodoviários não deteriam os veiculos com débitos do imposto atrasados. Isso diz que o imposto é para ter o direito de ir e vir dirigindo.

E não me venham dizer que o pedágio é para a manutenção das rodovias em perfeitas condições de uso, porque isso é obrigação do Estado, já que pagamos o imposto exatamente para isso.

Se o pedágio tivesse tarifas com valores razoáveis, como aquelas cobradas na BR376 - trecho Curitiba-Florianópolis, por exemplo, até que não seria tão indigesto. Mas o que estamos vendo nas rodovias estaduais, concedidas à Rodonorte, Viapar e outras é um verdadeiro roubo. R$ 1,10 é um preço que não chega a agredir. Mas um preço médio em torno dos R$ 8,00 em cada praça de pedágio (só de Maringá a Paranaguá são 7 praças X R$ 8,00 = R$ 56,00) faz com que o pedágio custe mais que o combustivel.

Pelo menos no meu caso que tenho um carro mil.

De modo que estou pensando em ingressar na justiça contra o Governo do Paraná, que não cumpre sua obrigação com o imposto que recebe; e contra as concessionárias que me roubam, isto mesmo, me roubam todas as vezes que preciso utilizar o meu direito de ir e vir de carro. Não importa se já existem outras ações, na justiça, individuais ou coletivas, se há uma lei estadual dando concessões aos ... do dinheiro do povo.

Enquanto eu estiver calado e aceitando, serei roubado. E todos os cidadãos deveriam pedir à justiça para que o governo escolha o que quer receber: o IPVA ou o pedágio.
Porque pagar os dois é ser idiota, e conivente com aqueles que nos roubam, sejam governo ou concessionárias.

sábado, 21 de março de 2009

POR QUE TRABALHAR NO SERVIÇO PÚBLICO?

Há algum tempo eu estava na fila do caixa de um banco, com mais umas 100 (cem) pessoas. Era uma daquelas filas onde a gente fica pelo menos umas duas horas, mesmo que muitas leis municipais delimitem o tempo de permanência (geralmente uns quinze minutos, no máximo).
De repente aparece um cidadão, moço de seus trinta e poucos anos, acompanhado de uma mulher, e se dirige ao caixa sem respeitar a fila.
Houve um ti-ti-ti geral entre os usuários da fila emperrada, com alguns ameaçando linchar ao caixa e o intromentido. Aí o rapaz retirou do bolso da jaqueta um distintivo da polícia civil e o exibiu aos pobres sofredores da fila, inclusive eu, justificando sua falta de educação.
Nós todos fomos obrigados a engolir a ação do caixa e do almofadinha, exceto uma jovem senhora que estava à minha frente. Suas palavras foram, mais ou menos estas: "como se não bastasse o péssimo atendimento que prestam em suas repartições, ainda vêm atrapalhar na fila do banco!".
Foi o bastante para o detetive, com toda a arrogância que o caracterizava, evocar a lei (não me recordo o número)que estabelece penalidades àquele que destratar funcionário público em seu local de trabalho ou em função dele.
Para conseguir seu objetivo o policial indagou de uma senhora idosa que estava na fila à frente daquela corajosa que se indignou com sua molecagem, se ela (a velhinha) tinha ouvido o que a outra havia dito. Diante da resposta afirmativa a velhinha foi de pronto chamada a testemunhar o que havia afirmado.
A polícia militar foi acionada e a moça, depois de muito debate e disse-não disse acabou saindo da agência bancária sem atendimento e no camburão da PM.
Eu, acredito que tão indignado quanto todos os demais colegas de infortúnio naquela fila interminável, fiquei a pensar no despotismo daquele cidadão que, naquele momento manchava a imagem da polícia, e na falta de organização do banco. O policial, que naquele momento agiu como verdadeiro marginal, deveria, ao menos, comunicar à pessoa que estava para ser chamada pelo caixa a sua condição de policial em serviço (se realmente estivesse a trabalhar, o que acho improvável); ou então portar um letreiro na testa informando sua condição, já que ninguém tem a obrigação de adivinhar.
Aquela situação ilustrou muito bem o comportamento dos príncipes e princesas do nosso serviço público.

E bem recentemente, numa pequena cidade do interior do Paraná, cheguei a ter pena de um funcionário público da prefeitura municipal.
Em sua repartição, que tinha a porta aberta para a rua, o pobre homem ficou umas duas horas (tempo em que estive dentro do carro aguardando uma pessoa), sem nada a fazer, nem mesmo mover um clipe do lugar. Ele mexia com alguém que passava na rua, tentava reter a pessoa o máximo que pudesse, adentrava a repartição caminhando por entre as mesas onde outros colegas seus também não tinham muito a fazer, voltava à porta da rua...
Ele, apesar de nada fazer, não podia sair da repartição para não ter o ponto cortado.

Outro dia, numa escola municipal da mesma cidade, a situação me pareceu pior ainda: para cuidar de umas trinta crianças de seus sete a doze anos de idade, além das professoras, secretárias, diretoras e outros, havia nada mais, nada menos que um ionspetor de alunos, três zeladoras que varriam o mesmo lugar umas três ou quatro vezes e duas cozinheiras.
A explicação para tanto desperdício está, em primeiro lugar no fato de os administradores públicos pagarem a seus trabalhadores, e também fornecedores, com dinheiro que não sai de seus bolsos.
Depois existem os apadrinhamentos, acordos com os caciques regionais que assumem compromissos com a população em nome de seus candidato, e depois têm de dar satisfações aos eleitores.
Mas, acima de tudo, está a falta de vergonha das pessoas que se prestam a esse tipo de atividade, colocando-se sob os pés dos políticos inconsequentes em seus atos.

Sem medo de errar podemos avaliar que a cada posto de trabalho na iniciativa privada corresponde no mínimo uns dez no serviço público. Mesmo que os servidores passem todos os vexames que descrevi, por não terem como aproveitar produtivamente o seu tempo.
E ainda tem aqueles prepotentes como o policial cuja ação descrevi acima.

E o povo é quem paga.